Para alguns militantes do Partido, o dia começou bem cedo. Cerca de vinte camaradas, entre os quais se podiam ver delegados sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores, autarcas e dirigentes regionais e nacionais do Partido, concentraram-se, às 7.30 horas, nos portões da Repsol, em Sines – cuja administração tem desenvolvido acções de perseguição a delegados sindicais e atentatórias do direito à greve – para uma acção de propaganda.
Apesar da intimidação por parte da administração, a que têm sido sujeitos os trabalhadores desta multinacional espanhola, estes foram receptivos a esta acção e até proporcionaram, aqui e acolá, algumas trocas de impressões sobre a situação que se vive na empresa.
Às 13 horas do mesmo dia Francisco Lopes, acompanhado por Manuel Valente, responsável regional do Partido, e por Vítor Proença, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, visitou o Centro de Dia de S. Francisco da Serra, onde foi recebido pelo presidente da Junta de Freguesia e pelo presidente daquela estrutura, tendo seguido dali para a Petrogal, onde teve contactos com os trabalhadores em simultâneo com distribuição de documentos do Partido que ele próprio e outros camaradas asseguravam.
Francisco Lopes, acompanhado de Vítor Proença, esteve no local do novo Hospital de Santiago do Cacém, onde se inteirou das acessibilidades ao mesmo. Já ao fim da tarde visitou a Metalsines, empresa metalomecânica especialista em material rolante, onde foi recebido pela CT e por um representante da direcção técnica da empresa. Durante uma visita detalhada às instalações, foi informado da situação da empresa a qual, apesar de um quadro de recessão generalizada, tem produção assegurada para mais de um ano.
Em conferência de Imprensa, realizada em Santo André, o deputado lembrou que no Litoral Alentejano existem 3800 desempregados registados, não sem antes esclarecer que «esta visita é elucidativa do estilo de intervenção dos deputados do PCP que assim mantêm um contacto com as populações de modo a fazer reflectir os seus anseios e preocupações na Assembleia da República».